O motorista que, falando ao celular
provocar a morte ou invalidez de outra pessoa, mesmo estando dentro dos
limites de velocidade, poderá ser condenado de seis a 20 anos de prisão,
em regime fechado
Ângela Rodrigues, da Agência ContilNet
Antes,
falar ao celular enquanto dirigia configurava-se multa média, com perda
de quatro pontos na carteira. Agora, o motorista que for flagrado nesta
circunstância será autuado com multa considerada grave e perda de cinco
pontos na Carteira Nacional de habilitação (CNH).
A modificação foi aprovada
em caráter de urgência pela Comissão de Viação e Transportes. A
reclassificação foi divulgada no site oficial da Câmara dos Deputados.
Antes, o motorista era multado em R$ 85,13; agora, a multa sobe para R$
127,69.

Motorista assumirá a responsabilidade por acidente no uso do celular/Foto: vitimasnotransito.com.br
Quem dirigir e falar ao celular assumirá culpa por mortes
O
motorista envolvido em acidente com vítimas fatais, motivado por uso de
celular, deverá responder por crime doloso, ou seja, com intenção de
matar.
O Tribunal Federal Regional
(TRF) da 1ª Região em Brasília já vem acatando penalidades mais severas
nestes casos, que inclui até, julgamento com participação do júri
popular, o que possibilita penas longas aos infratores.
Na prática, o motorista que
provocar a morte ou invalidez de outra pessoa, mesmo estando dentro dos
limites de velocidade, assumirá a responsabilidade como se tivesse tido
intenção de matar, caso fique provado o uso do celular no momento do
acidente.
Nestes casos, o motorista
infrator responderá pelo crime de homicídio simples, que pode render de
seis a 20 anos de prisão em regime fechado.
Se fosse enquadrado na prática de crime culposo, estaria sujeito a pena que varia de um a três anos de prisão.
De acordo com dados do
Ministério da Saúde, entre 2000 e 2008 mais de 300 mil brasileiros
perderam a vida em acidentes de trânsito, situação que, em 2009, levou a
Organização Mundial da Saúde (OMS) a apontar o Brasil como o quinto
país em mortes deste tipo.
Com informações da Agência Brasil
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