A verdade sobre a masturbação
Masturbação
faz mal ou faz bem? Devemos nos masturbar? A masturbação causa doenças?
Diminui o desejo sexual? Muitos mitos envolvem a masturbação, tanto a
masculina quanto a feminina.

Muitos
mitos envolvem a masturbação, tanto a masculina quanto a feminina. Por
esse ato ainda ser, até hoje, um tabu social e religioso, não verdades
são passadas adiante, e muita gente acredita.
Masturbação faz mal ou faz bem? Devemos nos masturbar? A masturbação causa doenças? Diminui o desejo sexual?
A maioria dos especialistas
concorda que masturbação é uma coisa natural. Muitos estudos,
inclusive, apontam que nós nos masturbamos já no útero. Imagens de
ultrassom mostram fetos tocando o que seriam seus genitais, em um
movimento que os cientistas consideram similar à masturbação.
E, apesar de os
pesquisadores ainda não terem conseguido explicar a masturbação do ponto
de vista evolutivo, ela deve ter alguma utilidade, pois até os animais a
praticam. Quem nunca teve um cachorro pendurado em sua perna?
Cães, gatos, elefantes,
esquilos, tartarugas, cavalos, macacos… Muitos animais se masturbam. Mas
de forma diferente do homem. Alguns não se masturbam até o orgasmo,
enquanto esse parece ser o nosso objetivo na masturbação.
Um estudo com esquilos da
África tentou investigar os possíveis benefícios adaptativos da
masturbação. Em 2010, os cientistas da Universidade Central da Flórida,
nos EUA, descobriram que todos os 20 esquilos machos observados se
masturbavam e consumiam o que ejaculavam.
Uma análise dos resultados
sugere que a masturbação do esquilo “poderia funcionar como uma forma de
aliciamento genital”, porque a saliva tem propriedades antibacterianas,
e o ato também poderia reduzir seu risco de pegar uma doença
sexualmente transmissível.
A ejaculação também pode
servir como um mecanismo mais completo de limpar tratos reprodutivos
após o acasalamento. Consumir a ejaculação pode evitar a perda de
umidade.
Nos homens, estudos
descobriram que a masturbação pode aumentar a contagem de esperma, ao se
livrar de sêmen que perdeu a sua vitalidade e, portanto, aumentando as
chances de que esperma jovem seja ejaculado durante a relação sexual.
Além disso, especialistas
concordam que a masturbação pode ser saudável. O ato pode ser uma
maneira de conhecer seu corpo e sentir-se bem, sem correr riscos.
Lendas urbanas
Masturbação faz mal
para a saúde? Especialistas afirmam que, do ponto de vista médico, não
existe qualquer problema na masturbação masculina ou feminina. A
masturbação não causa mal nenhum, desde que não seja algo compulsivo. Se
a pessoa interrompe sua vida social para se masturbar, ou só consegue
pensar nisso, pode ser importante procurar um médico. Caso contrário,
não há nada de errado em se masturbar.
Masturbação causa
espinha, pelos nas mãos, etc? Não existe nenhuma evidência científica de
que masturbação cause espinha, ganho de peso, impotência sexual, faça
crescer pelos nas mãos, cause infertilidade, entre muitos outros mitos
que rolam por aí. Bote na cabeça de uma vez por todas: a masturbação não
tem consequências físicas comprovadas. E, não, ninguém vai saber que
você acabou de se masturbar através de algum sinal físico.
Quantas vezes é normal
se masturbar? Não existe uma quantidade “normal”. Cada pessoa é única e
tem que descobrir o que funciona melhor para ela. Vale a regra já
mencionada: se estiver atrapalhando a sua vida, se você se sentir mal ou
culpado, ou se a masturbação estiver ocupando lugar de relacionamentos
sociais, pode ser o caso de procurar ajuda médica. De resto, masturbe-se
o quanto você quiser.
Posso usar acessórios
para me masturbar? Poder, pode. Mas médicos e especialistas recomendam
que você use somente mãos e dedos. Assim você se explora sem maiores
riscos. As pessoas podem se ferir ao usar objetos durante a masturbação.
É preciso ter muito cuidado.
Masturbação acaba com
desejo sexual e com vontade de fazer sexo a dois? De forma alguma. A
masturbação não acaba com o desejo na hora do sexo com o parceiro ou
parceira. Pelo contrário, a tendência é aumentar a libido com o tempo.
Para os homens, pode ser difícil se masturbar e querer ter uma relação
sexual minutos depois. Eles precisam esperar um pouco para ter outro
orgasmo. Para as meninas, no entanto, não há limites. O organismo
feminino não precisa do tempo de espera que o masculino exige. Isso por
que mulheres não ejaculam. No geral, a masturbação não só não diminui o
desejo, como pode aumentá-lo.
Masturbação estimula o
desejo sexual? O ato de se masturbar pode sim ajudar na liberação de
fantasias sexuais. A pessoa pode vivenciar as coisas que gosta em sua
cabeça, e assim ir se descobrindo e não ficar reprimida na hora do sexo
com um parceiro. Isso é bom para estimular o desejo. Quem se masturba
conhece melhor o próprio corpo e os seus desejos, logo, é mais confiante
sobre o sexo e fica mais relaxado e menos ansioso na hora da relação.
Isso vale tanto para a mulher quanto para o homem.
É feio ou errado mulher
se masturbar? Claro que não. O preconceito das mulheres com a
masturbação é o que leva muitas delas a crescer sem conhecer o próprio
corpo e ter mais dificuldade para atingir o orgasmo. A mulher poderia
orientar o parceiro se ela soubesse como alcançar seu prazer máximo.
Especialistas recomendam: olhe-se, toque-se. Use um espelho para ver
como é seu corpo, como ele funciona, como você reage aos estímulos, etc.
Sem medo!
Masturbação e saúde: evidências científicas
Um estudo afirmou que é
possível que ejaculações frequentes durante a vida adulta diminuam a
chance de risco de câncer de próstata na “melhor idade”, mas até hoje
não se achou uma comprovação disso.
Já outro apontou exatamente
o contrário: que homens com vida sexual ativa entre seus 20 e 30 anos
têm maior probabilidade de desenvolver câncer de próstata no futuro. As
chances de desenvolver a doença aumentam se a masturbação for um ato
frequente.
Ou seja, quem se masturba
muito quando jovem, aos 50 ou 60 anos, tem mais chance de ter câncer de
próstata. Os pesquisadores acreditam que isso tem a ver com os hormônios
masculinos. Porém, como não é possível afirmar uma coisa ou outra com
certeza, a relação entre masturbação e câncer de próstata permanece um
mistério.
Mas tem outro caso clínico
no qual a masturbação tem um benefício real: no alívio para quem sofre
da síndrome das pernas inquietas (SPI). Cientistas da Universidade de
São Paulo (USP) descobriram que a masturbação alivia cerca de 7% a 10%
das pessoas que sofrem da condição. Isso pode ser devido a liberação de
dopamina após o orgasmo, que pode ser determinante no alívio dos
sintomas da doença.
[Foto de Fredo]
fonte contilnet
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