quinta-feira, 16 de junho de 2011

Em plena era digital, escola de Capixaba é o reflexo do atraso
Em plena era da informatização os professores utilizam um mimeógrafo, instrumento utilizado para fazer cópias de papel.
Luciano Tavares, para Agência ContilNet

Professora mostra precária impressão de provas/Fotos: Luciano Tavares


Professora mostra precária impressão de provas/Fotos: Luciano Tavares



A escola Independência, no ramal Zaquel Machado, em Capixaba, depende e muito da prefeitura do município.

As denúncias sobre a falta de estrutura são inúmeras. Ao chegar ao estabelecimento de ensino não é preciso muito para saber que a escola precisa urgente da intervenção do poder público.

Do lado de fora uma cartolina com o nome da escola escrito a mão revela o descuido. Não há local para colocar o lixo. Na instituição estudam pouco mais de cinquenta alunos distribuídos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, em duas salas de aula, que funcionam apenas no turno da manhã.

Os professores são dois. Eles dão aula de português, matemática, história, artes, religião, ciência, geografia e educação física.

Mas, o maior reflexo do atraso no ensino é na hora de aplicar as provas ou na confecção das chamadas dos alunos.

Em plena era da informatização os professores utilizam um mimeógrafo, instrumento utilizado para fazer cópias de papel.

Também conhecida como bandinha, esse tipo de máquina que precisa de álcool e tinta para o processo de impressão foi muito utilizada nos anos setenta e oitenta em instituições de ensino.

“A gente coloca o álcool num recipiente e imprime girando essa espécie de manivela. Mas as provas saem um pouco apagadas”, conta a professora Francisca Rosilene.

O uso do equipamento, entretanto, seria desnecessário se os computadores que ficam numa sala ao lado fossem utilizados, informa o professor João Souza.

Segundo ele, há quase 2 anos os computadores estão lá, sem poder ser usados por falta de cartucho para impressora.

“O acessório foi pedido à prefeitura de Capixaba, mas até agora nada. Prometeram a internet da Floresta Digital, mas ainda não foi instalada”, acrescenta o professor.

O transporte escolar é outro problema enfrentado por quem estuda na escola Independência. É que a maioria dos alunos mora distante e não existe veículo escolar, como acontece em muitos estabelecimentos de ensino.

“Existem alunos que vêem a tarde e dormem na casa de vizinhos da escola para no outro dia de manhã ir para aula. Outros passam a semana em casas próximas a escola para não perder a aula. E há ainda casos de alunos que vêem para a escola só três vezes na semana, obrigado pelos pais por causa da distancia”, informa a professora Francisca Rosilene, preocupada com o aprendizado dos estudantes.

A água doada por um vizinho serve para o consumo e limpeza da escola.

O secretário de Educação do município, Cícero Costa, disse que sabe o que está acontecendo na escola Independência. “Esse pessoal é sofredor mesmo, mas temos que ter calma. Não dá pra resolver tudo da noite para o dia”, diz o secretário.

Ele prometeu providenciar o cartucho para impressora. Sobre a água, o secretário disse se comprometeu em mandar construir outro poço para escola. É que o existente no terreno da instituição seca nesta época do ano.

Quanto ao transporte escolar ele acrescentou que vai tentar providenciar um veículo para os alunos da escola Independência.

Mas sobre a estrutura física da escola, Cícero pediu paciência informando que “os pais, professores e alunos terão que esperar mais um pouco”.
reportagen tirada da agencia contilnet (www.contilnet.com.br)

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